Timirim, o podcast é repleto de histórias de maternidade e paternidade reais. Dos momentos mais profundos e felizes até os mais assustadores e solitários que uma mãe ou um pai podem viver. Eles tiram um tempo da sua agenda para nos contar suas histórias e a Marie está lá para escutar e fazer as perguntas que nós gostaríamos de ter feito. Nosso podcast foi criado para compartilhar as sensações e emoções dessa fase tão única e intensa na vida de alguém que se torna pai ou mãe e auxiliar aqueles que escutam na intenção de se sentir representado. “Tentamos diminuir o julgamento e a própria cobrança das mulheres nesse momento tão importante da vida. Porque a melhor escolha é a sua, e se você se sente bem, é o que mais importa” diz a Ninon, fundadora da marca Timirim e criadora do podcast.
Desde as tentativas, a descoberta da gravidez e os primeiros instantes com o bebê, são momentos que todos passam, mas que são diferentes para cada um! Não somente diferente entre mães, mas entre filhos também. A dica mais ouvida sobre ser mãe ou pais pela segunda vez é: Não compare com a sua primeira gestação e com seu primeiro filho, são bebês diferentes e terão histórias diferentes também. Faz sentido, não é? Nos quase 1 ano e meio de existência do nosso podcast, conhecemos e compartilhamos a história de mais de 20 famílias em episódios de 45 minutos e podemos comprovar que o conselho acima é verdadeiro! Mas isso não significa que você não vai se identificar com as histórias. Se você escolhe um parto em casa ou se escolhe no hospital, você pode se sentir representado por uma mãe que fez a mesma escolha.
Por isso, para te ajudar a conhecer as histórias incríveis que conhecemos no nosso podcast fizemos um compilado por principais temas narrados em cada episódio do podcast! Confira só:
1 – Histórias sobre parto natural humanizado
A escolha do parto inicialmente vem da mãe: natural ou cesárea, em casa ou no hospital. Infelizmente, devido a complicações na gravidez ou no parto, a escolha pode não ser mantida e a mãe precisa passar por uma cesárea, caso escolha o parto natural, o que pode gerar frustrações.
No nosso podcast tivemos muitos relatos de partos humanizados. A Mathilde, por exemplo, teve um parto natural em casa entregue por sua mãe e por sua sogra, ambas parteiras. Enquanto a Taisa, uma médica obstetra humanizada teve seu parto natural no hospital em que trabalhou, rodeada de pessoas de confiança. Quando o parto em casa é escolhido, é preciso sempre ter um plano B e até um plano C caso existam complicações durante o trabalho de parto. A Amanda teve complicações e teve que ser levada ao hospital, assim como a Michelle, que tentou o parto domiciliar novamente com seu segundo filho, que aconteceu sem complicações dessa vez.
2- Histórias sobre o puerpério
O puerpério é o período pós nascimento do bebê que dura aproximadamente 5 semanas em que o corpo da mãe passa por transformações ao mesmo tempo em que a família precisa se ajustar à chegada do recém-nascido. A Ligia conta que seu período de puerpério foi como “ter lido o livro e não ter conseguido aplicar absolutamente nada que o livro falava”. Ela conta uma situação em que havia preparado um dos primeiros banhos do bebê, a água na temperatura ideal, tudo pronto até... colocar o bebê na água e ele decidir fazer cocô! Sozinha e vivendo o puerpério se desesperou, não sabia o que fazer. Depois lembrou do conselho da sua mãe e deu um banho rápido na pia mesmo! Com o tempo ela foi aprendendo que o tempo era do bebê, não era o que funcionou com os outros e a maneira como ela queria que, de fato, funcionaria. Já a Lella teve o “baby blues” nas primeiras duas semanas, chorava bastante, não conseguia dormir e se sentia extremamente insegura. Queria voltar a sua rotina anterior sem o bebê e foi através de grupos de mães que conseguiu encontrar pessoas com quem se identificava na situação que estava e entender sua nova situação.
3 – Histórias sobre amamentação
A amamentação pode ser um dos momentos preferidos das mães, pela conexão criada com seus filhos, ou o mais odiado, devido a complicações como o empedramento das mamas. A Cris fala que teve complicações durante o início da amamentação, sua filha chegou a perder peso, pelo fato de não conseguirem se ajustar, não havia a “pega perfeita”. Ela passou por uma consultora de amamentação, que foi fundamental para que ela conseguisse realizar seu sonho de amamentar através de um processo chamado relactação.
A história de amamentação da Marcela também envolve uma consultora de amamentação, mas ao contrário da Cris, ela não havia engravidado – sua esposa Mélanie é que havia carregado seus filhos gêmeos. Para que ela pudesse amamentá-los também ela começou um processo para que seus seios pudessem produzir leite. Mesmo assim, ela fala que amamentar para ela é mais uma necessidade de alimentar seus filhos do que um momento de conexão com eles.
Além da amamentação, o período do desmame pode ser difícil para algumas mães também, a Raquel conta que ao descobrir sua segunda gravidez decidiu iniciar o processo de desmame do seu filho. Todo dia após o trabalho ela ficava fora de casa esperando seu marido conseguir fazer o seu filho dormir, ela pensava consigo mesma “Meu Deus do céu, ele dependia disso para viver!” e sentia que era como um segundo cordão umbilical sendo cortado.
4 – Histórias sobre dois ou mais filhos
Se ter um filho muda a vida dos pais e a rotina da família, ter dois ou mais muda ainda mais. A Maria Dulce não queria que sua filha Alice fosse criada como filha única, apesar de ter dois meio-irmãos por parte de pai. Ela queria que sua filha tivesse um companheiro e não queria despejar todas suas “expectativas e frustrações de mãe” apenas em uma única criança. Depois da Alice, ela teve gêmeas e fala que sentiu receio da mais velha se sentir abandonada e sempre tentou dar atenção individual às três. Mesmo assim, as vezes se sente culpada por achar que não dá atenção suficiente a família.
Já a Mariana teve quatro filhos. Do segundo para o terceiro filho, a diferença entre idades era de 5 anos, o que, segundo ela, tornou as coisas mais cansativas, porque enquanto os dois primeiros tinham rotina de crianças indo para a escola, a mais nova ainda era um bebê. Mesmo assim não queria que a rotina da família mudasse e se desdobrou para cuidar de todos enquanto seu marido focava no mestrado. Agora ela aconselha: “Você não precisa dar conta de tudo. Todo mundo precisa mudar um pouco”.
5 – Histórias sobre maternidade e carreira
Dizem que a maternidade muda a vida de uma mulher, a Ana Cris, a Lella e a Irene são provas disso! Elas conseguiram unir suas carreiras com o mundo da maternidade para se sentirem mais realizadas com suas novas realidades. Depois de ter tido dois filhos, a Ana Cris se formou como doula e obstetriz e em 2018 criou o Coletivo Nascer, uma casa com um grupo de médicas, parteiras e doulas para atender famílias que querem parto natural a preço acessível em São Paulo.
Já a Lella criou a Casa Cuore, sua “tribo urbana”, uma casa que funciona como coworking com espaço para crianças e com eventos voltados para famílias. A Irene decidiu empreender por saudades de uma paixão que sentia durante o início de sua maternidade: o cinema! Quando seu filho nasceu, Irene teve que deixar de ir ao cinema, quando foi pela primeira vez após o nascimento de seu filho, contou ao seu grupo de apoio que logo se animou para ir também. Organizando sessões com mães e bebês de até 18 meses, Irene criou o Cinematerna, que atualmente acontece em mais de 50 cidades no Brasil.
6 – Histórias sobre doenças e síndromes na gravidez ou pós parto
A Tatiane teve diabetes gestacional, quando estava grávida de 6 meses. Apesar disso, teve uma gravidez tranquila, tomando os remédios para controlá-la. Por causa disso, seu médico passou a condição de que ela não deveria passar das 39 semanas, portanto, se chegasse a trigésima nona semana, teria que passar por uma cesárea. Ela queria ter tido a experiência do trabalho de parto; com bolsa estourando “como dos filmes”, mas infelizmente isso não foi possível. Ela entendeu que era a situação que ela tinha e que se fosse o melhor para a sua bebê, tudo bem, isso não a faria menos mãe.
A Marina descobriu que seu filho tinha síndrome de down no dia seguinte após o parto. No primeiro momento ficou incrédula, pois os exames durante a gravidez sempre ocorriam bem. Foi com o apoio do marido que ela aceitou sua situação e percebeu que a síndrome não significava nada, o importante era sua saúde e tê-lo perto da família.
A Bel teve dois filhos e os dois tiveram que ir para a UTI após o nascimento. Seu primeiro filho nasceu prematuro e desmaiado e ficou dois dias na UTI, enquanto o segundo nasceu com hipertensão pulmonar. Ela falou que uma das piores partes foi amamentar na UTI, pois precisava ficar sentada e estava se recuperando de uma episiotomia. Ela ainda fala de como o pai tem o papel de comunicar a família da situação, para a mãe se recuperar e se preparar para o periodo.
7 – Histórias de paternidade
No nosso podcast, os pais também tem sua vez! O André, o Luciano, o Nico e Bittor tiveram histórias de paternidade muito diferentes, mas com uma coisa em comum: acreditam e praticam uma paternidade ativa com seus filhos.
O André, pai do Jorge, acompanhou sua mulher em todas as etapas da maternidade, tanto que ouvia das pessoas que gravidez não era doença e que ele não precisava ficar com a Amanda sempre. Ele sabia que não era doença, mas queria participar dos momentos da gravidez e da parentalidade de forma bem presente. Quando a Amanda começou a ter dores intesas durante seu trabalho de parto, ele se desesperou internamente por pensar em perdê-la, levou-a correndo para o hospital e a acompanhou, descansando apenas quando soube que ela estava bem. O Luciano começou sua história de paternidade sendo padrasto de dois meninos, com a mãe dos meninos teve um filho e em um segundo casamento teve mais dois. No trabalho ele sentiu o julgamento por querer passar mais tempo com seus filhos, mas nunca deixou que isso diminuísse sua participação e sua paixão pela paternidade.
O Nico e o Bittor queriam adotar no Brasil e ficaram na fila de espera por 3 anos até finalmente receberem a ligação mais esperada por eles. E com essa ligação, esqueceram todo o estresse, toda a espera para que a adoção acontecesse. Durante os três anos, se prepararam das formas que conseguiram, participando de um grupo de apoio que fez eles conhecerem todo o processo de adoção. Assim que eles visitaram o bebê pela primeira vez, se conectaram imediatamente com o bebê, que sorriu quando os viu. Depois disso, tiveram 5 dias para preparar tudo para a chegada do bebê, tiveram uma “gravidez express” como falam.
Conclusão
Essas são apenas algumas das histórias que conhecemos em um bate-papo de 45 minutos com esses pais e ouvir o que eles tem a dizer faz bem para qualquer um! "Esse podcast foi particularmente importante para mim e quero o enfatizar com muito carinho, porque ele acompanhou minha primeira gestação, que resultou no nascimento de meu filho por um parto normal humanizado maravilhoso. Minha vida se enriqueceu e tenho hoje ainda mais vontade de lutar para melhorar o mundo para ele, para você e para todos nós." disse a Ninon, criadora do podcast.
Conte para a gente o que você achou e se você quiser contar a sua historia, a sua trajetória para construir uma família, seja ela qual for, escreve para gente: Podcast@timirim.com ou nas redes sociais, @timirimbrasil.
Abraço verde,
Fernanda